quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pense BEM


Amor sem fim!

Vem... me envolve em seus braços
Me mostra o que é o amor
O teu amor sem fim!
Amor que excede todo entendimento
Me causa constrangimento
De ti não quero me afastar um só momento
Jesus...
Tua luz me conduz
Contigo sou completa
Me sinto a verdadeira cinderela
Vem... me envolve em seus braços
Me mostra o que é o amor
O teu amor sem fim!
Eu te amo tanto
Quero mais te conhecer
Você mudou o meu viver
Pois o Senhor primeiro me amou
Deu a sua vida por mim
O teu amor é sem fim!
Me transformou...
Fez muito além do que imaginei
De gata borralheira a princesa
Colocou em mim a sua beleza
Do que há aqui dentro tu és a fonte
Brilha mais que o sol no horizonte
Esse esplendor é o mais puro amor
O teu amor sem fim!!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Consciência...

Jesus, nos dias de hoje, andaria com quem? E você? Seguiria os passos Dele?



Depoimento de Um Viciado
Ao Cubo
São 2 da manhã ,e eu de calça e blusa
O tempo frio, do céu cai chuva
Eu sou sozinho parceiro e é foda
Com meu destino ninguém mais se importa
Chegar, ao ponto que eu cheguei é lamentável
Estado físico inacreditável eu sinto crise
Eu sinto convulsão, é muito triste o meu estado sangue bom
30 quilos mais magro vai vendo
O resultado é pura essência do veneno
O vício tira a calma, a cabreragem me acelera
O demônio rouba a alma, o inferno me seqüestra
Cadê a luz que vem lá do céu
Cadê jesus pra julgar mais este réu
Tenho vontade de morrer constantemente
O descontrole da mente me deixa impaciente e é foda
Eu saio que nem louco pela rua
Único mano é o cano na cintura
Eu preferia ta falando de amor
Falando das crianças e não da minha dor
Mas eu sou o espelho da agonia de um homem
Sem identidade, caráter, sem nome
Sem Mercedes, Audi ou Mitsubish
Consumidor da praga do apocalipse
Tão jovem sem esperança de vida
Tão novo e já suicida
São 2 da manhã e faz chuva
O pesadelo ainda continua…

Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo (depoimento de um viciado)

Eu comecei de forma curiosa
Um cigarro de maconha não era droga
Era o que todo mundo me falava
Experimentei nem eu mesmo acreditava
Primeira vez, outra sensação
Segunda vez mó barato ilusão
Mundo dos sonhos, me sinto mais leve
Enquanto isso meus neurônios fervem
Sentia fome, sentia a viagem inteira
Observava de longe as paisagens
A fumaça me deixava cada vez mais louco
Sem perceber eu já era o próprio demônio
Segundo passo, veio a cocaína
Morava com a minha mãe, me lembro da minha mina feliz
Cheirava comigo sem parar
2 loucos 24 horas no ar
Parei com estudo, perdi até o trampo
Ganhei o mundo e uma desilusão e tanto
Perdi a minha própria mãe, que trauma!
Morreu de desgosto por minha causa
Nem assim eu consegui parar vich!
Só a morte pode me libertar
Eu roubava pra sobreviver ou melhor
Pra manter o vício e não morrer, que dó
Suicídio lento era o processo
Eu nunca fui estrela, eu nunca fui sucesso
Contaminado HIV positivo
Qual a diferença do inimigo pro perigo
Aí, são 2 da manhã e faz chuva
Pesadelo ainda continua
Continua ladrão, o pesadelo ainda continua…

Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo (depoimento de um viciado)

Amigo, aí , eu falei esta palavra
Me desculpa foi erro, não pega nada
Eu nunca tive amigo nessa porra
Só prejuízo na vida de ponta a ponta
Mas quem vai se importar, eu sou apenas mais um
Aidético viciado, infelizmente comum
Mais um entre mil ou um milhão ladrão
Escravo desta triste detenção
Eu não sou Rafael e nem a Vera Fischer
A minha história parceiro é mais triste
Eu nunca engoli escova de cabelo
Mas já matei pelo crack e por dinheiro
Puta que pariu, o inferno me chama
Quem sabe lá eu consigo a fama ou o drama
Ou a lama de fogo eterno
Condenado a escuridão do inferno
Hoje, eu sou louco de intensa coragem
Com o ferro a favor do crack
Não sei se a malandragem é minisérie ou história
Mais sei, que a carreira parceiro é sem glória
Vou tentar não matar mais ninguém
Chega de ser refém, eu preciso é do bem
Vou entregar a Deus a minha vida
Vou acreditar nas palavras da bíblia
Arrependido de todos os pecados
Ter conseguido escapar do diabo
Espero que a minha história sirva de exemplo
Pra quem tá começando, parceiro como eu comecei
Que se afaste das drogas enquanto é tempo
Pra não provar do veneno que eu provei
É embaçado sangue bom, vai por mim
Tudo nesta vida tem um fim
São 2 da manhã faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua
É madrugada faz chuva
Eu vou orar pela minha alma e pela sua…

Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo (depoimento de um viciado)



É chegado um novo tempo.
Tempo de dar.
Chega de só receber...
Gritar para o mundo que existe JESUS! E Ele é a solução!

O que é igreja?

Marionete...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições aí, temos que fazer a diferença *PENSE NISSO*‏

Olá meus queridos brasileiros (as)

Muita gente não está com um pingo de vontade e animo com esta eleição, sei que a outra opção tirando a Dilma não é grande coisa também, mas lembrem-se temos mais de DUAS opções ok!! "MARINA 43"
Independentemente se você tem quase certeza que o candidato que você quer votar não vai ganhar, vote em quem você quer e não em quem a maioria do povo votar, ou só por que essa pessoa esta ganhando nas pesquisas, porém o mesmo não merece o seu voto por vários motivos, *PENSE NISSO*, vote com consciência, vote como se só o seu voto fosse mudar a votação, pois se tudo mundo pensasse assim (que é o pensamento mais consciente e vantajoso), o seu voto juntamente com o voto das pessoas conscientes poderia SIM mudar esta eleição, basta ter um pouco de discernimento para pensar assim, ou seja, se está bom, vamos visar um futuro melhor sempre, um BRASIL ótimo SIM, por que não?
Ótima votação para todos e boa sorte nesse domingo!

Abraços...
Glaucia ♥

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A cada dia que passa Deus me mostra mais da realidade. Era como se eu vivesse em um mundo só meu... não um mundo fantasioso, mas egocetrista... amigocentrista... familiacentrista... trabalhocentrista... igrejacentrista... enfim... eu só conhecia o mundo no qual eu estava inserida, os locais e as pessoas com quem convivo e as que passam por mim.
Sim, eu sabia que existem pessoas presas por vícios. Sim, eu também sabia que existem pessoas morrendo nesse exato momento por consequencia da violência. Sim, eu sabia das "tragédias" do mundo. Saber não significa nada.
Quando vemos alguém dormindo na rua quanto tempo gastamos pensando na sua vida, no que a levou a estar ali, nas suas necessidades? Creio (por experiência própria) que apenas alguns segundos... ao dar mais alguns passos aquela imagem desaparece da mente e a pessoa volta a não existir.
É... a cada dia que passa minha visão muda. Não consigo esquecer de histórias... não consigo esquecer de rostos... não consigo voltar para o meu mundo e viver normalmente, como era antes. Algo dentro de mim me incomoda, me lembra, me entristece, me revolta (preciso mudar isso).
O que mais me deixa chateada é a impossibilidade de mudar a realidade. Eu não sei o que fazer. Só me resta orar, e deixá-los nas mãos de Deus. Não sei qual a minha parte nisso tudo, não consigo fazer a diferença - AINDA (em nome de Jesus).

"E no mais, que não nos permitamos ficar alheios a verdadeira realidade desse mundo e a nossa missão e obrigação de redenção dele através da mensagem da Cruz."

Peço a Deus que tire a minha covardia, me dê ousadia.
Existem pessoas ao meu lado que podem morrer a qualquer momento sem conhecer a Jesus. E ao seu lado, quantas existem? Você pode emprestar a sua boca?


Espero que sim!



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O que você faz pra Jesus?


Nossa mano... eu me revolto contra a realidade!
Não tinha consciência... primeiro pq tava no meio da sujeira do mundo... depois pq me afastei do mundo...
Quanto lixo tem por aí! Quantas pessoas perdidas nas garras de satanás e nem sabem que teve um cara q morreu por nós, para que tivéssemos vida... não qualquer vida, mas vida plena, em abundancia... vida eterna!
Tá meu... eu me converti... beleza... conheci (relativamente) a Deus... enfrento minhas lutas (que parecem gigantescas)... vivo dia após dia... oro, leio a bíblia... firmeza... mas e daí?
Deus ama a mim tanto quanto ama você. Deus ama você tanto quanto aquele nóia que passa o dia todo louco por causa de droga. Deus ama esse nóia tanto quanto o estuprador, assassino, ladrão, traficante. Deus é amor. Deus ama todo mundo.
Chocante à primeira vista né? Mas é verdade... faz uma semana que isso ta martelando na minha cabeça... mas enfim...
Saia na rua... olhe para os lados... olha quantos perdidos tem por aí!!! Nem pense em parar para contar, vai desistir no começo!
Jesus diz que tudo o que a gente fizer ao menor dos nossos irmãos é a Ele mesmo que fazemos.
Como CRISTÃOS, FILHOS DE DEUS... o que fazemos nesse mundo??? Quem que quando ta andando na rua e vê um tiozão chapado... trançando as pernas... xingando as pessoas... pensa que ele é Jesus e o trata dessa forma? Na moral... eu não conheço...
Não to falando para que saia na rua acolhendo todo mundo... mas o que você faz? Fica aí na sua casa... indo na igreja no final de semana... pedindo bênçãos e mais bênçãos... ai, ai... é tão gosto cuidar só da nossa vida, né? não ter preocupações... uma delicia!
Mude essa cabecinha... e mude já! Pratique o IDE – Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Comece sendo exemplo, sendo luz, no seu trabalho... na sua casa... com seus amigos. As pessoas sabem para que time você torce, mas não sabem que Jesus é o Senhor da sua vida? Tem algum problema GRAVE aí...
Como a Pink disse ontem: Se Deus tivesse feito a gente para ficar acomodado, não teria nos dado armadura de guerra!
Olha o tamanho do mundo!!! Tenho certeza que você conhece pelo menos uma pessoa para ganhar para Jesus...
Não é fácil... o capiroto vai ficar doidão com você... mas maior o que está em nós do que o que está no mundo!
Ore, jejue... vá para a batalha!!!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Entrevista: José Serra

José Serra é entrevistado no JN

William Bonner e Fátima Bernardes entrevistaram, nesta quarta-feira, o candidato do PSDB à presidência. Veja a íntegra em texto e vídeo.



William Bonner: Nesta semana, o Jornal Nacional entrevista os principais candidatos à Presidência sobre questões polêmicas das candidaturas e sobre ações desses candidatos à frente de cargos públicos. Nas próximas semanas, o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo farão o mesmo. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou que hoje nós recebamos, aqui na bancada, José Serra, do PSDB. Boa noite, candidato.
José Serra: Boa noite, William.
William Bonner: A entrevista vai durar 12 minutos, e o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, desde o início desta campanha, o senhor tem procurado evitar críticas ao presidente Lula. O senhor acha que... E em alguns casos fez até elogios a ele... o senhor acha que essa é a postura que o eleitor espera de um candidato da oposição?
José Serra: Olha, o Lula não é candidato a presidente. O Lula, a partir de 1º de janeiro, não vai ser mais presidente da República. Quem estiver lá vai ter de conduzir o Brasil. Não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros. Eu estou focado no futuro. Hoje tem problemas e tem coisas boas. O que nós temos que fazer? Reforçar aquilo que está bem e corrigir e poder melhorar aquilo que não andou direito. É por isso que eu tenho enfatizado sempre que o Brasil precisa e que o Brasil pode mais. Onde? Na área da saúde, na área da segurança, na área da educação, inclusive do ensino profissionalizante. Meu foco não é o Lula. Ele não está concorrendo comigo.
William Bonner: Entendo. Agora, candidato, o senhor avalia o risco que o senhor corre de essa sua postura ser interpretada como um receio de ter que enfrentar a popularidade alta do presidente Lula?
José Serra: Não, não vejo por quê. Eu acho que as pessoas estão preocupadas com o futuro, né? Quem vai tocar o Brasil, quem tem mais condições de poder tocar o Brasil para a frente, que não é uma tarefa fácil. Inclusive de pegar aqueles problemas que hoje a população considera como os mais críticos e resolvê-los. Dou como exemplo, novamente, entre outros, a questão da saúde. Então, o importante agora é isso. E as pessoas estão nisso. O governo Lula fez coisas positivas, né? Outras coisas, deixou de fazer. A discussão não é o Lula. A discussão é o que vem para a frente, tá certo? Os problemas do Brasil de hoje e o que tem por diante.
Fátima Bernardes: O senhor tem insistido muito na tecla de que o eleitor deve procurar comparar as biografias dos candidatos que estarão concorrendo, que estão concorrendo nesta eleição. O senhor evita uma comparação de governos. Por exemplo, por quê, entre o governo atual e o governo anterior?
José Serra: Olha, porque são condições diferentes. Eles governaram em períodos diferentes, em circunstâncias diferentes. O governo anterior, do Fernando Henrique, fez uma... muitas contribuições ao Brasil, entre elas o Plano Real. A inflação era de 5.000% ao ano, né? E ela foi quebrada a espinha. As novas gerações nem têm boa memória disso. E várias outras coisas que o governo Lula recolheu e seguiu. O Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda do Lula e hoje é o principal assessor da candidata do PT, nunca parou de elogiar, por exemplo, o governo Fernando Henrique. Mas nós não estamos fazendo uma disputa sobre o passado. É como se eu ficasse discutindo, para ganhar a próxima Copa do Mundo, quem foi o melhor técnico: o Scolari ou o Parreira?
Fátima Bernardes: Mas...
José Serra: E o Mano Menezes, Fátima, desculpe, fosse estar preocupado em saber quem era melhor para efeito de ganhar a Copa de 14. Isso é uma coisa que os adversários fazem para tirar o foco de que o próximo presidente vai ter de governar e não pode ir na garupa. E tem que ter ideias também. Não só coisas que fez no passado, mas também ideias a respeito do futuro.
Fátima Bernardes: Mas, por exemplo, avaliar, analisar fracassos e sucessos não ajuda o eleitor na hora de ele decidir pelo voto dele?
José Serra: Por isso... E é isso o que eu estou fazendo. Por exemplo, mostro na saúde. Eu fui ministro da Saúde. Fiz os genéricos, os mutirões, a campanha contra a Aids que foi considerada a melhor campanha contra a Aids do mundo, uma série de coisas. A saúde, nos últimos anos, não andou bem. Por exemplo, queda, diminuição do número de cirurgias eletivas, aquelas que não precisa fazer de um dia para o outro, mas são muito importantes. Caiu, né? Pararam os mutirões. Muita prevenção que se fazia acabou ficando para trás. Faltam ainda hospitais nas regiões mais afastadas dos grandes centros. Tem problemas com as consultas, tem problemas de demoras. Enfim, tem um conjunto de coisas, inclusive relacionadas por exemplo com a saúde da mulher. Tudo isso precisa ser equacionado no presente. Eu estou apontando os problemas existentes.
William Bonner: Agora, candidato, vamos ver uma questão... O senhor me permita, para a gente poder conversar melhor.
José Serra: Sim, sim, claro.
William Bonner: Uma questão política. Nesta eleição, existem contradições muito claras nas alianças formadas pelos dois partidos que têm polarizado as eleições presidenciais brasileiras aí nos últimos 16 anos, né? O PT se aliou a desafetos históricos. O seu partido, o PSDB, está ao lado do PTB, um partido envolvido no escândalo do mensalão petista, no escândalo que inclusive foi investigado e foi condenado de forma muito veemente pelo seu partido, o PSDB. Então, a pergunta é a seguinte: o PSDB errou lá atrás quando condenou o PTB ou está errando agora quando se alia a esse partido?
José Serra: William, é uma boa pergunta. O PTB, no caso de São Paulo, por exemplo, sempre esteve com o PSDB, de uma ou de outra maneira. Isso teve uma influência grande na aliança nacional. Os partidos, você sabe, são muito heterogêneos. O personagem principal... Os personagens principais do mensalão nem foram do PTB. Os personagens principais foram do PT, aliás, mediante denúncia do Roberto Jeferson, que era então líder do PTB.
William Bonner: Os nomes de petebistas, todos, uma lista muito vasta, começando pelo Maurício Marinho.
José Serra: Você tem 40 lá no Supremo Tribunal Federal...
Willlam Bonner: Não, exato.
José Serra: E o PT ganha disparado.
William Bonner: Mas não há nenhum constrangimento para o senhor pelo fato de esta aliança por parte do seu partido, o PSDB, ter sido assinada com o PTB pelas mãos do presidente do partido que teve o mandato cassado inclusive com votos de políticos do seu partido, o PSDB? Isso não provoca nenhum tipo de constrangimento?
José Serra: Olha, o Roberto Jefferson, é o presidente do PTB, ele não é candidato. Ele conhece muito bem o meu programa de governo, o meu estilo de governar. O PTB está conosco dentro dessa perspectiva. Eu não tenho compromisso com o erro. Aliás, nunca tive na minha vida. Tem coisa errada, as pessoas pagam, né? Quem é responsável por si é aquele que comete o erro, é ele que deve pagar. Eu não fico julgando. Mas eu não tenho compromisso com nenhum erro. Agora, quem está comigo sabe o jeito que eu trabalho. Por exemplo, eu não faço aquele loteamento de cargos. Para mim, não tem grupinho de deputados indicando diretor financeiro de uma empresa ou indicando diretor de compras de outra. Por quê? Para que que um deputado quer isso? Evidentemente não é pra ajudar a melhorar o desempenho. É para corrupção. Comigo isso não acontece. Não aconteceu na saúde, no governo de São Paulo e na prefeitura.
Fátima Bernardes: Candidato, nesta eleição, quer dizer, o senhor destaca muito a sua experiência política. Mas na hora da escolha do seu vice, houve um certo, um certo conflito com o DEM exatamente porque houve uma demora para o aparecimento desse nome. Muitos dos seus críticos atribuem essa demora ao seu perfil centralizador. O nome do deputado Índio da Costa apareceu 18 dias depois da sua oficialização, da convenção que oficializou a sua candidatura. É... O senhor considera que o deputado, em primeiro mandato, está pronto para ser o vice-presidente, uma função tão importante?
José Serra: Está. Fátima, deixa só eu te dizer uma coisa. Eu não sou centralizador. Eu sei que tenho a fama de centralizador. Mas no trabalho, eu delego muito. Eu sou mais um cobrador. Eu acompanho tudo.
Fátima Bernardes: Eu falei centralizador porque até no seu discurso de despedida do governo de São Paulo, o senhor mesmo explicou sobre essa fama de centralizador.
José Serra: Que eu não era centralizador. E todo muito que trabalha comigo sabe disso, eu delego muito. Agora, eu acompanho porque quem coordena, quem chefia tem que acompanhar para as coisas acontecerem. A questão da vice estava orientada numa direção. Por circunstancias políticas, acabou não acontecendo. E o Índio da Costa, que foi o escolhido, estava entre os nomes que a gente cogitava. Só que isso não tinha ido para a opinião pública porque senão é uma fofoca só. Fulano, cicrano, isso e aquilo. Ele disputou quatro eleições, é um homem de 40 anos e foi um dos líderes da aprovação do ficha limpa no Congresso. Eu acho que...
Fátima Bernardes: Mas a experiência dele é municipal, na verdade, não é? Ele teve três mandatos de vereador, o senhor acha que isso o qualifica?
José Serra: E um mandato deputado federal.
Fátima Bernardes: Que ele está exercendo pela primeira vez.
José Serra: Eu acho que isso o qualifica perfeitamente. O que vale é a experiência na vida pública. Tem livros sobre administração e eu insisto. Sua atuação no Congresso Nacional foi marcada pelo ficha limpa. Se você for pegar também outros vices, do ponto de vista da experiência pública, cada um tem suas limitações. Mas eu não estou aqui para ficar julgando os outros. Eu só sei que o meu vice, jovem, ficha limpa, preparado, com muita vontade, e do Rio de Janeiro, é um vice adequado. Eu me sinto muito bem com ele. Agora, devo dizer o seguinte...
William Bonner: Candidato... Candidato.
José Serra: Eu tenho muito boa saúde. Ninguém está sendo vice comigo achando que eu não vou concluir o mandato.
William Bonner: Mas um vice não assume só nessas circunstâncias...
Fátima Bernardes: Trágicas.
José Serra: Mas, enfim... Eu não sei até que ponto...
William Bonner: Candidato, eu gostaria de abordar um pouquinho também da sua passagem pelo governo de São Paulo. O senhor foi governo em São Paulo durante quatro anos, seu partido está no poder em São Paulo há 16 anos. Então é razoável que a gente avalie aqui algumas dessas ações. A primeira que eu colocaria em questão aqui é um hábito que o senhor mesmo tem de criticar o modelo de concessão das estradas federais. De outro lado, os usuários, muitos usuários das estradas estaduais de São Paulo que estão sob regime de concessão, se queixam muito do preço e da frequência com que são obrigados a parar para pedágio, quer dizer, uma quantidade de praças de pedágio que eles consideram excessiva. Pergunta: o senhor pretende levar para o Brasil inteiro esse modelo de concessão de estradas estaduais de São Paulo?
José Serra: Olha, antes disso. No caso de São Paulo, tem uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, um organismo independente: 75% dos usuários das estradas do Brasil acham as paulistas ótimas ou boas. 75%, um índice de aprovação altíssimo. Isso para as federais é apenas 25%. De cada dez estradas federais, sete estão esburacadas. São as rodovias da morte. Na Bahia, em Minas, BH, Belo Horizonte, Governador Valadares, em Santa Catarina. Enfim, por toda a parte. O governo federal fez um tipo de concessão que não está funcionando.
William Bonner: Mas a que o senhor fez motivou críticas quanto ao preço. Então a questão que se impõe é a seguinte, candidato: não existe um meio termo? Ou o cidadão brasileiro tem uma estrada boa e cara ou ele tem uma estrada ruim e barata. Não tem um meio termo nessa história?
José Serra: Eu acho que pode ter uma estrada boa que não seja cara, se você trabalhar direito. Por exemplo, a concessão que eu fiz da Ayrton Senna. O pedágio anterior era cobrado pelo órgão estadual. Caiu para a metade o pedágio. É que realmente, geralmente, os exemplos bons não veem...
William Bonner: Mas esse modelo vai ser exportado para as estradas federais?
José Serra: Esse modelo que diminuiu pode ser adotado, porque você tem critérios para ser examinados. O governo federal fez estradas pedagiadas. Só que estão, por exemplo, no caso de São Paulo, a Régis Bittencourt, que é federal, ela continua sendo a rodovia da morte. E a Fernão Dias, Minas-São Paulo, está fechada. Você percebe? Nunca o Brasil esteve com as estradas tão ruins. Agora, tem mais: em 1000 é, é, no começo de 2003 para cá, foram arrecadados R$ 65 bilhões para transportes, para estradas na Cide. É um imposto. Sabe quanto foi gasto disso pelo governo federal? Vinte e cinco. Ou seja, foram R$ 40 bilhões arrecadados dos contribuintes para investir em estradas do governo federal que não foram utilizados. A primeira coisa que eu vou fazer, William, é utilizar esses recursos para melhorar as estradas. Não é o assunto de concessão que está na ordem do dia. É gastar. É entender o seguinte: por que de cada R$ 3 que o Governo Federal arrecadou, foram 65, ele gastou um terço disso? É uma barbaridade.
Fátima Bernardes: Nós estamos...
José Serra: Por isso as estradas federais estão nessa situação. Desculpa, Fátima, fala.
Fátima Bernardes: Não, candidato. É que como nós temos um tempo, eu queria dar ao senhor os 30 segundos para o encerramento, para o senhor se dirigir ao...
José Serra: Já passou?!
Fátima Bernardes: Já passou, já estamos, olhe lá, Onze e quarenta e sete e os seus eleitores.
José Serra: Olha, eu vim aqui, queria, em primeiro lugar, agradecer a vocês por essa oportunidade. Eu tenho uma origem modesta, meus pais eram muito modestos. Eu acho que eles nunca sonharam que um dia eu estaria aqui no Jornal Nacional, que eles assistiam diariamente, aliás pela segunda vez, falando como candidato a presidente da República. Eu devo a eles até onde eu cheguei. Devo a eles, devo à escola pública e acabei virando professor universitário, mas também sempre ligado às questões públicas, desde que eu fui presidente da União Nacional dos Estudantes até hoje. O que eu peço hoje...
William Bonner: Seu tempo, candidato.
José Serra: Para concluir é o seguinte: eu acho que o Brasil pode continuar e pode melhorar muito. O que eu queria pedir às pessoas...
William Bonner: Candidato, o senhor me obriga a interrompê-lo, me perdoe, me perdoe.
José Serra: Não posso nem falar um pouquinho?
William Bonner: É em respeito... Não posso. Porque é em respeito aos demais candidatos que estiveram aqui. E eu sei que o senhor vai compreender. E eu quero agradecer a sua presença aqui.
José Serra: Não. Eu compreendo. Obrigado.
William Bonner: Boa Noite.
Fátima Bernardes: Bom. Boa noite.
José Serra: Boa noite.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Entrevista: Marina Silva

Marina Silva é entrevistada no JN

A candidata do PV à presidência conversou com William Bonner e Fátima Bernardes, nesta terça-feira. Veja a íntegra em texto e vídeo.



Fátima Bernardes: O Jornal Nacional dá continuidade hoje à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência em que nós abordamos questões polêmicas das candidaturas e o desempenho do candidato em cargos públicos que já tenha ocupado. Também o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo realizarão entrevistas nas próximas semanas. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou para hoje a presença da candidata do PV, Marina Silva. Boa noite, candidata. Muito obrigada pela presença.
Marina Silva: Boa noite, Fátima.
Fátima Bernardes: Bom. E o nosso tempo de 12 minutos dessa entrevista começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a sua atuação na vida pública, como ministra, como senadora, foi especificamente voltada para a área do meio ambiente. A senhora não tem uma experiência administrativa em nenhuma outra área, em nenhum outro setor. Como é que a senhora pretende convencer o eleitor de que a sua candidatura é para valer e que ela não é apenas uma candidatura para marcar posição nessa questão do meio ambiente?
Marina Silva: Em primeiro lugar, Fátima, chamando a atenção da sociedade brasileira para a relevância das coisas que a gente está vivendo hoje, e eu sempre penso da seguinte forma: até 2014, qual será a temperatura da Terra? Até 2014, quantas crianças ainda continuarão sem ter a chance de chegar sequer à oitava série? Até 2014, quantas pessoas serão soterradas pelas enchentes por falta de cuidado? E, até 2014, quantos produtos nós não perderemos em função da falta de infraestrutura? Quantas oportunidades nós não perderemos em função da falta de educação de qualidade? E então...
Fátima Bernardes: Quer dizer que a senhora acha que essa questão do meio ambiente passa por todos esses outros setores?
Marina Silva: Com certeza. A minha candidatura é para agora porque o Brasil não pode esperar. Todas essas questões que eu coloquei agora para você, Fátima, elas são uma emergência, uma emergência para o cidadão que fica na fila esperando horas e horas para poder fazer um exame, uma emergência para a mãe que quer ter dias melhores para o seu filho porque ela já não aguenta mais a vida dura que tem e uma emergência para o Brasil, que tem imensas oportunidades de se desenvolver com justiça social, de melhorar a vida das pessoas.
William Bonner: Agora, candidata, perdoe, a senhora é candidata do Partido Verde e, até este momento, apresenta-se na eleição sem o apoio de nenhum outro partido. Se a senhora não conseguiu apoio para formar uma aliança agora antes da eleição, como é que a senhora vai formar uma base de sustentação para governar o Brasil depois, dentro do Congresso Nacional?
Marina Silva: Olha só, Bonner, eu acho que para mim é até mais fácil, sabe? É mais fácil, pelo seguinte: porque eu fico olhando para a ministra Dilma e para o governador Serra e eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem repetir mais do mesmo, do mesmo quando foi o governo do presidente Fernando Henrique, que ficou refém do fisiologismo dos Democratas. E o presidente Lula, mesmo com toda a popularidade, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB.
William Bonner: Mas veja o raciocínio, o raciocínio que eu proponho...
Marina Silva: Deixe só eu completar meu raciocínio, por favor...
William Bonner: É que tem a ver com isso...
Marina Silva: Não, eu sei, eu sei, só para que a gente possa concluir. É, então, como eu estou dizendo que, se ganhar, eu quero governar com os melhores e já estou dizendo que é fundamental um diálogo entre o PT e o PSDB, estou dizendo que eu quero governar com a ajuda deles. Então eu vou compor uma base de sustentação já respaldada pela sociedade com essa ideia de que nós temos que acabar com a situação pela situação e com a oposição pela oposição e trabalhando a favor do Brasil. É assim que eu quero trabalhar. É isso o que eu estou dizendo e, pode ter certeza, quem pode estabelecer um ponto de união entre essas forças que não conversam e que nos seus oito anos de oposição ou de situação se confrontaram se chama Marina Silva.
William Bonner: A questão que eu ia colocar é a seguinte: se a senhora não conseguiu formar essa base de apoio agora, depois da eleição, uma base de apoio que se forme depois da eleição, não tem uma tendência maior ao tal fisiologismo que a senhora mesmo está criticando?
Marina Silva: Não tem, não tem...
William Bonner: Uma barganha de cargos federais...
Marina Silva: Não tem, Bonner, não tem. Sabe por quê? Porque existe muita gente boa em todos os partidos.
Fátima Bernardes: A senhora olhando para o seu partido, a senhora considera que o PV, ele tem quadros, olhando para os seus colegas, para governar o Brasil?
Marina Silva: Ele tem alguns quadros. Mas quem foi que disse que para governar você tem que governar apenas com os quadros de seu partido?
Fátima Bernardes: Não, eu estou perguntando porque ainda não há um acordo estabelecendo outras alianças.
Marina Silva: O presidente Lula teve de governar, inclusive, com quadros do PSDB. O PSDB trouxe quadros da socidade, da academia. Eu, quando estava no ministério do Meio Ambiente, por exemplo, eu peguei as melhores pessoas que estavam na academia, que já estavam na gestão pública, que estavam dentro, enfim, de ONGs, sim, mas as pessoas mais competentes. E quando precisei, toda vez que precisei, Bonner, de aprovar leis no Congresso, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, por exemplo, fundamental para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, eu consegui aprovar os meus projetos com o apoio de todos os partidos, conversando com todos os partidos. É isso que o Brasil precisa. O Brasil precisa de um olhar que coloque em primeiro lugar as necesssidades dos brasileiros, da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura.
William Bonner: Ok.
Marina Silva: O nosso país não pode mais esperar e perder tempo com essa briga que não nos leva a lugar nenhum.
William Bonner: Candidata, vamos falar então... A senhora mencionou a questão, o papel do partido político. A senhora declarou já em algumas entrevistas que deixou o governo Lula e deixou o PT porque discordava da maneira como era conduzida a política ambiental no governo. No entanto, se nós voltarmos no tempo até aquele período do escândalo do mensalão, a senhora não veio a público para fazer uma condenação veemente daquele desvio moral de alguns integrantes do PT. A pergunta que eu lhe faço é a seguinte: o seu silêncio naquela ocasião não pode ser interpretado de uma certa maneira como uma conivência com aqueles desmandos?
Marina Silva: Não, Bonner, não foi conivência, e também não foi silêncio. É que, lamentavelmente, todas as vezes em que eu me pronunciava eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar a minha voz. Mas eu falava.
William Bonner: A senhora diz dentro do governo?
Marina Silva: Dentro, fora.
William Bonner: Dentro do partido?
Marina Silva: Publicamente, nas palestras que eu dava, eu sempre dizia que aquilo era condenável, que deveria ser investigado, e que deveriam ser punidos todos os que praticaram irregularidades.
William Bonner: Mas, ministra...
Marina Silva: Agora, o que eu dizia sempre, Bonner, era uma coisa, é o seguinte: é que nem todos praticaram erros. E eu não pratiquei. Conheço milhares de pessoas que não praticaram o mesmo erro. E dentro do PT tinha muita gente que combatia junto comigo. Agora, para combater contra a falta de prioridade para as questões ambientais, aí eu era uma minoria. E foi por isso que eu saí. Eu saí porque não encontrava o apoio necessário para as políticas de meio ambiente que façam esse encontro entre desenvolver e proteger as riquezas naturais.
William Bonner: No entanto, o seu desconforto, vamos dizer assim, o seu desconforto ético com o mensalão não foi suficientemente forte para levá-la a deixar o cargo de ministra.
Marina Silva: Foi forte, sim, mas eu sabia que eu estava combatendo por dentro. E que conseguiria ser vitoriosa. Primeiro porque eu não tinha praticado nenhuma irregularidade. Agora, para continuar lutando pelas ideias que eu defendia, isso eu achava que não tinha mais tempo.
William Bonner: E como a senhora analisou...
Marina Silva: Sabe por quê? Porque é possível, Bonner, sabe, juntar as duas coisas. Existe uma ideia dentro do governo, dos demais partidos, na sociedade, que meio ambiente e desenvolvimento são incompatíveis. E eu conheço muitas empresas que já estão fazendo da defesa do meio ambiente uma grande oportunidade para gerar emprego, para gerar melhoria de vida das pessoas. E posso te dizer uma coisa: toda a vez que as pessoas me dizem ‘mas Marina, as pessoas não entendem isso que você está falando’, eu digo: elas entendem sim, entendem, Fátima. Aqui no Rio de Janeiro...
William Bonner: Só uma coisa, candidata.
Marina Silva: ...quando as casas foram...
William Bonner: Candidata, me permita só uma coisa.
Marina Silva: Não, só concluindo Bonner.
William Bonner: Eu peço para interromper porque em nome do público...
Marina Silva: Isso, tá bom, tá bom.
William Bonner: Porque a pergunta que eu lhe dirigia era sobre um momento muito especifico da história e eu queria que a senhora tratasse dessa questão polêmica e não fosse para outro assunto. Eu estou consumindo 30 segundos da entrevista para fazer esse esclarecimento e eu lhe devolverei para a entrevista. Eu só queria que a senhora esclarecesse para mim qual foi e de que maneira a senhora viu a saída de alguns colegas seus então de PT, alguns, inclusive, fundadores do partido, que deixaram o partido indignados na época do mensalão, chorando. Como a senhora viu a ação deles, que não foi a ação que a senhora teve naquela ocasião?
Marina Silva: Bem, eu permaneci no partido e fiquei igualmente indignada. Fiz o combate a minha vida inteira contra a corrupção e acho que a corrupção, Bonner, é o pior câncer da sociedade. E ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Para mim, ser honesto é uma condição do indivíduo. Qualquer pessoa, onde quer que ela esteja, ela tem que ser uma pessoa honesta, seja como político, como professor, como dona de casa, como empregada doméstica. A pessoa tem que ser honesta. Agora, naquele momento em que saíram pessoas do Partido dos Trabalhadores, eu permaneci para dar a contribuição que eu achava que ainda poderia dar dentro do governo, mas não por ser conivente. Agora, tem uma coisa que a gente precisa entender: combater a corrupção é uma luta constante. Como é que a gente combate a corrupção? Com transparência, permitindo que as instituições funcionem, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, criando ferramentas de controle dentro do próprio governo, não permitindo que as coisas vão primeiro se consolidando antes de você fazer o combate necessário. Você tem que identificar durante o processo e fechar a torneira da corrupção quando ela está acontecendo. É isso que precisa ser feito.
Fátima Bernardes: Candidata, vamos abordar, então, um outro tema. Muita gente do governo e fora dele se queixava de que, durante a sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, a liberação de licenças ambientais, elas estavam muito lentas, e que isso, licenças ambientais para obras de infraestrutura, e que isso atrapalhava o desenvolvimento. Como é que a senhora enxergava essas críticas de que essa demora possa ter atrasado essas obras?
Marina Silva: Olha, naquela época até com uma certa naturalidade. Sabe por quê? Porque o ministério estava todo desestruturado e eu tinha que fazer concurso, e eu tive que criar várias diretorias e coordenadorias. Só que, quando nós começamos a arrumar a casa, aumentaram significativamente as licenças. No governo anterior, era uma média de 145 licenças por ano. Na minha gestão, foi de 265 licenças por ano. Agora, uma coisa eu posso te dizer: é possível aperfeiçoar o licenciamento? É possível aperfeiçoar. E com esse aperfeiçoamento você vai viabilizar com mais agilidade, sem perda de qualidade, a infraestrutura do Brasil, que hoje, de fato, está colapsando. Nós temos problemas com os aeroportos, nós temos problemas em relação a estradas, nós temos problemas em relação a energia, tudo isso pode ser oferecido para a sociedade compatibilizando duas coisas: meio ambiente, melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento que o Brasil precisa.
Fátima Bernardes: Quer dizer, nesse caso, a senhora está dizendo que no caso da senhora estando no governo, essa lentidão, ela, por exemplo, não vai provocar esse atraso ainda mais ou agravar ainda mais esses gargalos que a senhora citou, econômicos, e provocar, por exemplo, no setor energético, um risco de um novo apagão por demora na liberação dessas licenças?
Marina Silva: De jeito nenhum. Nós vamos trabalhar com o sentido de urgência que esse país tem para a sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo o que o Brasil precisa para se desenvolver, Fátima. E vamos fazer isso sem negligenciar os cuidados com o meio ambiente, mas tendo a clareza de que o desenvolvimento do nosso país melhora a vida das pessoas. Sabe como melhora a vida das pessoas? Quando aquela família, que muitas vezes não tem como conseguir um emprego, começa a conseguir um emprego. Quando aquela mãe que não teve uma chance na vida, que é uma mulher pobre, não teve uma chance na vida, ela sabe que, se tiver uma escola melhor, o seu filho pode ter dias melhores. Eu sei o que significa educação, porque foi com a educação que eu consegui entrar pela porta da frente no Brasil.
William Bonner: Candidata, a senhora tem 30 segundos para se dirigir ao eleitor e pedir a ele o seu voto, dando a ele a última mensagem. Por favor.
Marina Silva: Bem, primeiro eu quero agradecer a Deus por estar aqui, porque eu sei que esse país é um país maravilhoso. Só num país como o Brasil, com a democracia que temos, é possível uma pessoa que nasceu lá na Floresta Amazônica, que foi analfabeta até os 16 anos, que teve que passar por várias dificuldades de saúde, pode chegar aqui na condição de se colocar como a primeira mulher de origem humilde para ser presidente da República. Esse Brasil já conseguiu restaurar sua democracia, teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação.
William Bonner: Obrigado, candidata. Muito obrigado pela sua participação aqui, ao vivo, no Jornal Nacional.
Marina Silva: Eu é que agradeço.
William Bonner: Quero lembrar que, amanhã, o entrevistado aqui no JN será o candidato do PSDB, José Serra.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

É dada a largada! - Entrevista: Dilma Rousseff

Dilma Rousseff é entrevistada na bancada do Jornal Nacional

A candidata do PT à Presidência da República concedeu entrevista ao vivo aos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes. A entrevista é parte de uma série com os três principais presidenciáveis.





William Bonner: Jornal Nacional dá início nesta segunda-feira a uma série de entrevistas ao vivo com os principais candidatos à Presidência da República. Nós vamos abordar aqui temas polêmicos das candidaturas e também confrontar os candidatos com suas realizações em cargos públicos. É claro que não seria possível esgotar esses temas todos em uma única entrevista, mas nas próximas semanas os candidatos estarão também no Bom Dia Brasil e no Jornal da Globo.
O sorteio realizado com a supervisão de representantes dos partidos determinou que a candidata do PT, Dilma Rousseff, seja a entrevistada de hoje. Nós agradecemos a presença da candidata. Boa noite, candidata.
Dilma Rousseff: Boa noite.
William Bonner: E informamos também que o tempo de 12 minutos da entrevista começa a contar a partir de agora. Candidata, o seu nome como candidata do PT à Presidência foi indicado diretamente pelo presidente Lula, ele não esconde isso de ninguém. Algumas pessoas criticaram, disseram que foi uma medida autoritária, por não ter ouvido as bases do PT. Por outro lado, a senhora não tem experiência eleitoral nenhuma até este momento. A senhora se considera preparada para governar o Brasil longe do presidente Lula?
Dilma Rousseff: Olha, William, olha, Fátima, eu considero que eu tenho experiência administrativa suficiente. Eu fui secretária municipal da Fazenda, aliás, a primeira secretária municipal da Fazenda de capital. Depois eu fui sucessivamente, por duas vezes, secretária de Energia do Rio Grande do Sul. Assumi o ministério de Minas e Energia, também fui a primeira mulher, e fui coordenadora do governo ao assumir a chefia da Casa Civil, que, como vocês sabem, é o segundo cargo mais importante na hierarquia do governo federal. Então, eu me considero preparada para governar o país. E mais do que isso, eu tenho experiência, eu conheço o Brasil de ponta a ponta, conheço os problemas do governo brasileiro.
William Bonner: Mas a sua relação com o presidente Lula, a senhora faz questão de dizer que é muito afinada com ele. Junto a isso, o fato de a senhora não ter experiência e ter tido o nome indicado diretamente por ele, de alguma maneira a senhora acha que isso poderia fazer com que o eleitor a enxergasse ou enxergasse o presidente Lula atualmente como um tutor de seu governo, caso eleita?
Dilma Rousseff: Você sabe, Bonner, o pessoal tem de escolher o que é que eu sou. Uns dizem que eu sou uma mulher forte, outros dizem que eu tenho tutor. Eu quero te dizer o seguinte: a minha relação política com o presidente Lula, eu tenho imenso orgulho dela. Eu participei diretamente com o presidente, fui braço direito e esquerdo dele nesse processo de transformar o Brasil num país diferente, num país que cresce, que distribui renda, em que as pessoas têm a primeira vez, depois de muitos anos, a possibilidade de subir na vida. Então, eu não vejo problema nenhum na minha relação com o presidente Lula. Pelo contrário, eu vejo que até é um fator muito positivo, porque ele é um grande líder, e é reconhecido isso no mundo inteiro.
Fátima Bernardes: A senhora falou de temperamento. Alguns críticos, muitos críticos e alguns até aliados falam que a senhora tem um temperamento difícil. O que a gente espera de um presidente é que ele, entre outras coisas, seja capaz de fazer alianças, de negociar, ter habilidade política para fazer acordos. A senhora de que forma pretende que esse temperamento que dizem ser duro e difícil não interfira no seu governo caso eleita?
Dilma Rousseff: Fátima, estava respondendo justamente isso, eu acho que têm visões construídas a meu respeito. Eu acho que sou uma pessoa firme. Acho que em relação aos problemas do povo brasileiro, eu não vacilo. Acho que o que tem que ser resolvido prontamente, nós temos que fazer um enorme esforço. Eu me considero hoje, até pelo cargo que ocupei, extremamente preparada no sentido do diálogo. Nós, do governo Lula, somos eminentemente um governo do diálogo. Em relação aos movimentos sociais, você nunca vai ver o governo do presidente Lula tratando qualquer movimento social a cassetete. Primeiro nós negociamos, dialogamos. Agora, nós também sabemos fazer valer a nossa autoridade. Nada de ilegalidade nós compactuamos.
Fátima Bernardes: Agora, no caso, por exemplo, a senhora falou de não haver cassetete, mas talvez seja a forma de a senhora se comportar. O próprio presidente Lula, este ano, em discurso durante uma cerimônia de posse de ministros, ele chegou a dizer que achava até natural haver queixas contra a senhora, mas que ele recebeu na sala dele várias pessoas, colegas, ex-ministros, ministros, que iam lá se queixar que a senhora maltratava eles.
Dilma Rousseff: Olha, Fátima, é o seguinte, no papel... Sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo é meio como se a gente fosse mãe. Tem uma hora que você tem de cobrar resultado. Quando você cobra resultados, você tem de cobrar o seguinte: olha, é preciso que o Brasil se esforce, principalmente o governo, para que as coisas aconteçam, para que as estradas sejam pavimentadas, para que ocorra saneamento. Então tem uma hora que é que nem... Você imagina lá sua casa, a gente cobra. Agora, tem outra hora que você tem de incentivar, garantir que a pessoa tenha estímulo para fazer.
Fátima Bernardes: Como mãe eu entendo, mas, por exemplo, como presidente não tem uma hora que tem que ter facilidade de negociar, por exemplo, futuramente no Congresso, futuramente com líderes mundiais, ter um jogo de cintura ai?
William Bonner: O presidente falou em maltratar, não é, candidata?
Dilma Rousseff: Não, o presidente não falou em maltratar, o presidente falou que eu era dura.
William Bonner: Não, ele disse isso. A senhora me perdoe, mas o discurso dele está disponível. Ele disse assim: as pessoas diziam que foram maltratadas pela senhora. Mas a gente também não precisa ficar nessa questão até o fim da entrevista, têm outros temas.
Dilma Rousseff: É muito difícil, depois de anos e anos de paralisia, e houve isso no Brasil. O Brasil saiu de uma era de desemprego, desigualdade e estagnação para uma era de prosperidade. Nós tínhamos perdido a cultura do investimento...
William Bonner: Vamos falar de alianças políticas, o que é importante...
Dilma Rousseff: ...e aí houve uma força muito grande da minha parte nesse sentido, de cumprir meta, de fazer com que o governo Lula fosse esse sucesso que eu tenho certeza que ele está sendo.
William Bonner: A senhora tem agora nessa candidatura, além do apoio do presidente, a senhora também tem alianças, né?, formadas para essa sua candidatura. Por exemplo, a do deputado Jader Barbalho, por exemplo, a do senador Renan Calheiros, por exemplo, da família Sarney. A senhora tem o apoio do ex-presidente Fernando Collor. São todas figuras da política brasileira que, ao longo de muitos anos, o PT, o seu partido, criticou severamente. Eram considerados como oligarcas pelo PT. Onde foi que o PT errou, ou melhor, quando foi que ele errou: ele errou quando fez aquelas críticas todas ou está errando agora, quando botou todo mundo debaixo do mesmo guarda-chuva?
Dilma Rousseff: Eu vou te falar. Eu perguntava outra coisa: onde foi que o PT acertou? O PT acertou quando percebeu que governar um país com a complexidade do Brasil implica necessariamente a sua capacidade de construir uma aliança ampla.
William Bonner: Errou lá atrás?
Dilma Rousseff: Não. Nós não... O PT não tinha experiência de governo, agora tem. Agora... Nós não erramos e vou te explicar em que sentido: não é que nós aderimos ao pensamento de quem quer que seja. O governo Lula tinha uma diretriz: focar na questão social. Fazer com que o país tivesse a seguinte oportunidade: primeiro, um país que era considerado dos mais desiguais do mundo, diminuir em 24 milhões a pobreza. Um país em que as pessoas não subiam na vida elevar para as classes médias 31 milhões de brasileiros. Para fazer isso, quem nos apoia, aceitando os nossos princípios e aceitando as nossas diretrizes de governo, a gente aceita do nosso lado. Não nos termos de quem quer que seja, mas nos termos de um governo que quer levar o Brasil para um outro patamar, para uma outra...
William Bonner: O resumo é: o PT não errou nem naquela ocasião, nem agora.
Dilma Rousseff: Não, eu acho que o PT não tinha tanta experiência, sabe, Bonner, eu reconheço isso. Ninguém pode achar que um partido como o PT, que nunca tinha estado no governo federal, tem, naquele momento, a mesma experiência que tem hoje. Acho que o PT aprendeu muito, mudou, porque a capacidade de mudar é importante.
William Bonner: Vamos lá. Candidata, vamos aproveitar o tempo da melhor maneira. O PT tem hoje já nas costas oito anos de governo. Então é razoável que a gente tente abordar aqui alguma das realizações. Vamos discutir um pouco o desempenho do governo em algumas áreas, começando pela economia. O governo festeja, comemora muito melhoras da área econômica. No entanto, o que a gente observa, é que quando se compara o crescimento do Brasil com países vizinhos, como Uruguai, Argentina, Bolívia, e também com aqueles pares dos Brics, os chamados países emergentes, como China, Índia, Rússia, o crescimento do Brasil tem sido sempre menor do que o de todos eles. Por quê?
Dilma Rousseff: Olha, eu acredito que nós tivemos um processo muito mais duro no Brasil com a crise da dívida e com o governo que nos antecedeu.
William Bonner: Mais duro do que no Uruguai e na Bolívia, candidata?
Dilma Rousseff: Acho que o Uruguai e a Bolívia são países, sem nenhum menosprezo, acho que os países pequenos têm que ser respeitados, do tamanho de alguns estados menores no Brasil. O Brasil é um país de 190 milhões de habitantes. Nós tivemos um processo no Brasil muito duro. Quando chegamos no governo, a inflação estava fora do controle. Nós tínhamos uma dívida com o Fundo Monetário, que vinha aqui e dava toda a receita do que a gente ia fazer.
William Bonner: Correto, candidata. Mas a Rússia. A Rússia também teve dificuldades e é um país enorme...
Dilma Rousseff: Mas, só um pouquinho. Mas o que nós tivemos que fazer, Bonner. Nós tivemos que fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar e depois, com estabilidade, crescer. E isso, este ano, a discussão nossa é que estamos entre os países que mais crescem no mundo, estamos com a possibilidade de ter uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de 7%.
William Bonner: Mas abaixo dos demais.
Dilma Rousseff: Não necessariamente, Bonner. Porque a queda, por exemplo, na Rússia... Sem falar, sem fazer comparações com soberba... Mas a queda da economia russa no ano passado foi terrível.
William Bonner: A senhora, de alguma maneira...
Fátima Bernardes: Vamos falar agora... Só um minutinho.
Dilma Rousseff: Criamos quase 1,7 milhão de empregos no ano da crise.
Fátima Bernardes: Candidata, vamos falar um pouquinho de outro problema, que é o saneamento. Segundo dados do IBGE, o saneamento no Brasil passou de 46,4% para 53,2% no governo Lula, um aumento pequeno, de 1 ponto percentual mais ou menos, ao ano. Por que o resultado fraco numa área que é muito importante para a população?
Dilma Rousseff: Porque nós vamos ter um resultado excepcional a partir dos dados quando for feita a pesquisa em 2010. Talvez, Fátima, uma das áreas em que eu mais me empenhei foi a área de saneamento. Porque o Brasil, só para você ter uma ideia, investia menos de R$ 300 milhões, o governo federal, menos de R$ 300 milhões no Brasil inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela, aqui, a da Rocinha, em que eu estive hoje, nós investimos mais de R$ 270 milhões.
Fátima Bernardes: Mas, candidata, esses são dados de seis anos. Quer dizer, esse resultado que a senhora está falando... vai aparecer de um ano e meio para cá?
Dilma Rousseff: O que aconteceu. Nós lançamos o Programa de Aceleração do Crescimento, para o caso do saneamento, na metade de 2007. Começou a amadurecer porque o país parou de fazer projetos, prefeitos e governadores. Apresentaram os projetos agora, em torno do início de 2008, e aceleraram. Eu estava vendo recentemente que nós temos hoje uma execução de obras no Brasil inteiro. Aqui, Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexo do Alemão. Obras de saneamento, obras de habitação. A Baixada Santista, no Rio, e a Baixada Fluminense aqui no Rio de Janeiro, ela teve um investimento monumental em saneamento.
Fátima Bernardes: A gente gostaria agora que a senhora, em 30 segundos, desse uma mensagem ao eleitor, se despedindo então da sua participação no Jornal Nacional.
Dilma Rousseff: Olha, eu agradeço a vocês dois e quero dizer para o eleitor o seguinte: o meu projeto é dar continuidade ao governo do presidente Lula. Mas não é repetir. É avançar e aprofundar, é basicamente esse olhar social, que tira o Brasil de uma situação de país emergente e leva o nosso país a uma situação de país desenvolvido, com renda, com salário decente, com professores bem pagos e bem treinados. Eu acredito que o Brasil... É a hora e a vez dele. E que nós vamos chegar a uma situação muito diferente, cada vez mais avançada agora no final de 2014, deste governo.
Fátima Bernardes: Muito obrigada, candidata, pela sua participação aqui na bancada do Jornal Nacional. Amanhã, a entrevistada ao vivo aqui no Jornal Nacional será a candidata do PV, Marina Silva.



Opinião dessa que lhes escreve: Para uma pessoa que conhece o Brasil de ponta a ponta, ela está um pouquinho enganada... Baixada Santista não seria em São Paulo? Mas enfim... foi impressão minha ou ela estava nervosa? Vamos esperar que hoje não haja mais gafes em rede nacional!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Até quando?

Quem é Dilma Rousseff? Até 1 ano atrás ninguém havia ouvido falar nessa mulher. Ontem, no Jornal Nacional, vejo Celso Russomano, candidato a governador, “passeando” pela cidade de São Paulo em um carro aberto, facilitando assim os apertos de mão aos eleitores. Em seguida a estrela da vez é o candidato a presidência José Serra, este foi ao Mercadão Municial (SP), cumprimentou os eleitores, tirou fotos, conversou com os comerciantes (eleitores), relembrou a infância em que ajudava o pai na barraca de frutas.
Estamos há 2 meses da eleição, é TÃO interessante como nossos possíveis representantes se preocupam conosco, não é? Preocupam-se até em nos comover com suas histórias de vida! O mais interessante ainda é como tem pessoas que se empolgam, entusiasmam e acham bonito isso! Por que durante os 4 anos de mandato não vejo ninguém cumprimentando pessoas na rua? Exatamente por isso, porque são pessoas. Nessa época em que estamos deixam de ser simplesmente isso, tornam-se ELEITORES. Aaaaah como isso muda! A violência na minha cidade está crescendo, e daí? Nada disso importa, pois a eleição para prefeito e vereadores é somente daqui 2 anos.
Não sei se o problema sou eu ou o resto de hipócritas e deslumbrados a minha volta. Eu não consigo admitir qualquer normalidade nessas mentiras, é tanta falsidade que chega a ser palpável!
Que Deus nos ajude a escolher nossos candidatos, que nos mostre o que são na realidade... as vésperas da eleição é fácil ser bonzinho, quero ver na hora em que a grana estiver envolvida, espero que não fale mais alto que a dignidade.
Até quando sorrisos serão distribuídos? Até quando vão pegar na mão de um pai de família e dizer que o desemprego acabará? Estou cansada de falsas promessas, até quando VOCÊ vai engolir tanta falsidade? Toda mudança começa a partir de um indivíduo. Não espere o mundo mudar, faça a diferença!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Jejum 2010

Meus amados... é hora de se preparar para a guerra!!!

"Há 9 anos a Igreja Bola de Neve realiza seu jejum anual de quarenta dias. neste tempo vimos o Espírito Santo de Deus nos ensinando, exortando e ministrando a Igreja como um corpo. O jejum é um tempo onde nos aproximamos do Pai, de Sua Glória, Seu Amor. Desta maneira a Igreja participa do Reino conquistando e avançando: a Igreja avançando e o inferno retrocedendo.
Você está convocado a participar desta que é uma batalha do Corpo de Cristo!!!"

Para saber mais informações sobre o Jejum clique aqui.


Inicia-se HOJE a 1ª semana! Veja os motivos de orações para cada dia:

04/08 - Intercessão
05/08 - Ap. Rina, Pastora Denise e Família.
06/08 - Presbíteros e Diáconos
07/08 - Louvor/Artes
08/08 - Ministério Nova Vida

Para saber mais informações sobre cada um dos motivos e conhecer todos clique aqui.


Caso se interesse visite o site do Bola de Neve e consulte a Igreja/Célula/Núcleo mais próximo de você!!!


God Bless =*

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ouça... pense... você tá no compromisso?


Terra - Ao Cubo & Zeider





A Lua no céu
a brisa no mar
nao estao mais como eram
e o sol com o seu calor
parece que ta vindo com força total
tudo transformado
tudo modificado
parece que esta perto o fim
a profecia se cumprindo
sera que o Salvador ta vindo
pra vc pra mim
O Planeta ta em transe
agonizando e esperando sua propria morte
e a natureza grita em defesa
mostra uma surpresa provocando o tsuname
muitas especies de animais estao sumindo
os pinguins querem viver mais n estão conseguindo
eu te pergunto quem pode ajudar
tão gastando tanta agua que ta prestes a acabar
Sera o fim de tudo isso
vem cá quem ta no compromisso de mudar o planeta pra ficar melhor
voce ja sabe o que fazer de cor
ouço um alarme é um roubo a humanidade
nosso clima nao combina mais que fatalidade
é o nosso patrimonio sera que falta neuronio
o sol ta bem mais quente sem camada de Ozonio
olho o ceu todo cinza
nao é chuva e nem brisa
é a fumaça do busao que traz asma e corisa
a indsutria cresce aparece o ferece muito carro
mais estrago e a gente adoece
tudo vira rodovia, é o indio carro guia
como pode um peixe vivo viver fora de agua fria
enquanto ainda tem fauna o planeta pede calma
aquecendo como sauna
por favor um pouco mais de alma
Sera o fim ou o começo
da grande tribulaçao
escrita no livro preto
inspirada pelo mestrão
o preço pela destruiçaõ que a populaçao
causou desde o berço em busca do que faz mal pro coração
Dinheiro o mundo só pensa em dinheiro
é tudo assim quem que vai pagar no fim
voce vai comer o que , diz pra mim
vai comer, vai beber, dinheiro
A natureza nao ta nem ai se voce paga pela agua
o Criador fez o favor de dar tudo de graça
cabe a mim e a voce a tudo administrar
feche a torneira que um dia seu filho vai precisar

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Desafio!

Fui desafiada e aceitei esse desafio.
Vivemos em uma atmosfera de repudio a política, deixamos para os responsáveis por isso. Não nos envolvemos, não nos interessamos, nem sequer estamos realmente informados nos dias de hoje. Mensalão, dinheiro na cueca, corrupção e CPI, os escândalos estão na ponta da língua, mas não peça para explicá-los com detalhes! Quem nunca assistiu ao vídeo dos irmãos orando pelo recebimento de propina? O que é que fazemos a respeito? NADA, além de julgar, claro... Somos mestres exímios nisto, nos denominamos cristãos, mas deixamos Deus de lado quando a questão é governo, política, eleição. Não digo propositalmente, mas até sem tomar consciência!
O desafio é: ser Cristão também é ser CIDADÃO. Soa estranho, não é? Nunca pensei nisso e creio que muitas pessoas estão nessa mesma posição. Política e Igreja parecem palavras que não combinam, não se usa numa mesma frase. Precisamos mudar essa falsa verdade que está impregnada em nossa mente.
Deus é Senhor de tudo sobre a terra. Porque se recusar ou esquecer de abordar esses assuntos no púlpito? O povo brasileiro tem necessidade de se ensinado a ter sede de saber, querer se envolver com os assuntos ligados ao governo. Nossa vida é toda influenciada por esta área. Os impostos que pagamos, o salário que recebemos, o valor do que compramos no mercado, nas lojas, a gasolina, o cinema, os remédios, as leis que nos afetam diretamente, enfim... nosso dia a dia está repleto de decisões que são tomadas em nossas assembléias, por homens e mulheres que nós mesmos elegemos e que muitas vezes não conhecemos e nem nos lembramos!
Meus irmãos, eu JAMAIS havia pensado em tudo isso, agora me gera vergonha e arrependimento. É triste perceber que só quando se tem uma ameaça de um satanista assumir o poder de nosso país por, no mínimo, quatro anos, apenas a três meses da eleição, foi despertado em mim uma angustia e um desejo de mudança. Confesso que me sinto um tanto de mãos atadas, mas para Deus nada é impossível (Lc 1:37). Creio que se Ele abriu meus olhos, também já fez isso com muitas pessoas e fará ainda mais!
Ontem (24/7) no XVIII Congresso de Batalha Espiritual obtive muita, mas muita informação mesmo! Sinto-me no dever, e com prazer, de disseminar e ser canal de Deus para informá-los!
Bom, antes de começar, pense nisso: alguma vez você já orou pelo futuro do seu país? Pelo seu presidente? Para Deus tomar o controle do Brasil nesse momento tão importante de escolha dos novos representantes políticos? Pelos vereadores, deputados e senadores, para que eles tenham sabedoria na elaboração e votação de leis? Se para algumas dessas perguntas a resposta é não, pare agora, feche seus olhos, abaixe a sua cabeça, peça perdão por nunca ter feito e ore agora. Deus colocará o desejo de interceder pelo nosso presente e futuro político, será uma necessidade e preocupação em sua mente, seu coração será tocado a fazer isso todos os dias, em nome de Jesus!
Nunca fui uma pessoa patriota, mas desde a minha conversão meus pensamentos têm mudado, o início foi através de uma verdade “O Brasil foi o país de Deus escolheu para que eu nascesse. Esse é o lugar que eu vivo e devo amar.” Não é simples e claro? Creia nessa verdade e a viva!
Neuza Itioka trouxe um pouco de uma realidade até então desconhecida por mim. Coisas que estão acontecendo, já aconteceram e estão para acontecer. O interesse de nosso governo em estabelecer algumas leis inadmissíveis, como retirar toda simbologia religiosa de organizações públicas (a bíblia está inclusa nisto) e a implantação de um comunismo light em nossa nação.
Existe um crescimento acelerado de aceitação do aborto e casamento homossexual, muito incentivo de praticar sexo antes de casamento, banalizando este ato... enquanto estou escrevendo ouço a seguinte frase, vinda da televisão, dita pelo Faustão “é como uma mulher sair nos dias de hoje sem camisinha na bolsa, isso não pode acontecer”, isso me aborrece e me espanta, não por caretice (como qualquer pessoa da minha idade e de bem menos diria) mas por ir contra a todos os desejos e propósitos de Deus para o ser humano desde a sua criação.
Há jornalistas sendo afastados da mídia, por falar a verdade, divulgar fatos, dizerem a sua opinião... jornais, emissoras televisão e rádios estão recebendo dinheiro para mudar o que é transmitido ao público para favorecimento de governantes que estão no poder.
Voltamos à ditadura e não me avisaram? É chocante o que fazem para obter poder! E o que mais me assusta é aonde chegaremos se Deus se manter alheio a estas questões, se continuarmos a fazer criticas e deixarmos Ele de lado. Existem leis anti-evangelho tramitando no congresso, é claro e notável o interesse e a perseguição contra os cristãos no Brasil, será que se chegará ao extremo de ser proibido a realização de reuniões publicas? Pessoas mortas por declarar amor e total entrega a Jesus? Deus nos salve disso, que é realidade em vários lugares do mundo!
Vocês entendem que ir naquele domingo, perder tempo, enfrentar fila, só para apertar uns botões, ver a foto de um cara qualquer, confirmar o voto e voltar para a vidinha de sempre não é uma atitude nada simples, ela afetará todo nosso futuro, o futuro de nossos filhos, de nossa nação.
Comece a orar insistentemente, jejue, arrependa-se pelos seus pecados, os pecados da igreja, de todos os brasileiros... vamos pedir a Deus que nos dê sabedoria, estratégia, abra os nossos e todos os olhos, nos direcione em nosso voto, Ele tem muitas promessas para nosso país! Promessas lindas e grandes! Não deixe que o inimigo destrua tudo o que Deus tem planejado para nós... entre nessa guerra, envolva-se, faça parte desse movimento para salvar nosso país, ACEITE ESSE DESAFIO!
Que Deus nos abençoe e nos ajude! Amém